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Campanha Salarial setor gráfico de Embalagens: Patrões não apresentam avanços na mesa de negociação

A segunda rodada de negociação da Campanha Salarial 2016-2017, do Setor Gráfico de Embalagens, realizada no dia 16 de junho, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), não trouxe nenhuma novidade em relação a primeira rodada. O representante do Sindicato das Indústrias de Papel, Papelão, Celulose e Embalagens em Geral no Estado do Ceará (Sindembalagens) armou que as empresas
não tiveram tempo suficiente para apreciar a contraproposta emitida pelo Sindicato dos Gráficos do Estado do Ceará (Sintigrace) no dia 13 de junho. Mantendo as mesmas propostas já apresentadas e que foram recusadas pela
categoria.
Na ocasião, o Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) apresentou o balanço econômico do setor de embalagem de papelão ondulado, produzido pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado – ABPO, referente aos anos de 2014, 2015 e do primeiro trimestre de 2016.
O balanço da ABPO destrói os argumentos patronais na mesa de negociação. Segundo Rogério Andrade, presidente do Sintigrace,os dados não mostram números
positivos, porém, não mostram, “nem de longe”, os números negativos alegados pelos representantes do sindicato patronal. Ainda segundo Andrade, o balanço mostra um setor “enfrentando naturalmente, as oscilações normais do setor, inclusive, produzindo mais, com
menos mão-de-obra ocupada “.
Para ele, não há motivos para o “clima de m do mundo” trazido à mesa de negociação pelo representante dos patrões.
Para a Secretária de Saúde e membro da comissão de negociação do Sintigrace, Werika Andrade, “a crise existe, mas apesar dela, não há empresas de embalagens entrando em concordata, recuperação judicial, ou mesmo quebrando”. Outro membro da comissão de negociação, o Secretário de Organização e Assuntos Jurídicos do Sintigrace, Diego Phillipe, complementa ao armar que nessa crise as empresas de embalagens “estão muito bem, algumas até zeram investimento em estrutura física e maquinário, caso de Rigesa e Paema, e as demais mantém a produtividade com a mesma estrutura, portanto, não há motivos para aceitarmos perdas salariais, como querem os patrões”.
Mesmo com dificuldade em prosseguir com as negociações diante da proposta patronal, o Sintigrace apresentou contraproposta para ser avaliada pelo Sindembalagens:
Reajuste Salarial de 12%, Salário Normativo de R$ 980,00 e a inserção de novas cláusulas como na proposta anterior.
Uma nova reunião foi marcada para o dia 07 de julho, às 8h30min, também na SRTE/CE, porém, o representante patronal informou que nesse intervalo de tempo os
patrões não vão realizar uma reunião. “Os patrões estão brincando com fogo, será melhor para eles analisarem, em reunião extraordinária, nossas propostas, pois, não vamos aceitar propostas abaixo da inação; queremos, e as empresas têm condições de oferecer reajustes maiores que a inação, iremos à luta pois chega de humilhação!”, declarou Andrade.