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CCT 2014 jornais: Categoria vai tentar negociação inédita

O Sindicato dos Gráficos do Estado do Ceará (Sintigrace), diante da impossibilidade em ver atendidas as reivindicações da categoria pelo setor patronal irá, com autorização da categoria, entregar até o final de abril uma pauta de reinvindicação a cada empresa, ao invés do Sindicato patronal.

Caso os jornais se neguem a negociar, os trabalhadores de cada empresa decidem sobre o que fazer, com apoio do sindicato, para ver atendida suas reivindicações trabalhistas.

 

Segundo a direção do Sintigrace, diante da conquista do piso salarial do setor gráfico convencional, foi possível perceber o tamanho da defasagem nos salários pagos aos gráficos do setor de jornais e revistas do Estado do Ceará.

A diretoria também alega que a análise de resultados das últimas negociações salariais do setor de jornais e revistas demostra que nenhuma conquista significativa foi registrada nos últimos cinco anos. “Os patrões, com uma única exceção, preferiram investir na contratação de fura-greve, assessoria jurídica, segurança armada e desarmada e outros gastos, para fraudar a greve dos trabalhadores e não cederam às reivindicações”, afirma Rogério Andrade, presidente do Sintigrace.

Essas negociações também se arrastaram vários meses após a data-base da categoria e o resultado foi sempre renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)  do ano anterior e reajuste salarial com pequeno ganho real, “ incapaz de recompor o poder de compra dos trabalhadores”, explica o Andrade.

Para o presidente existe uma “falta de seriedade” por parte do sindicato patronal na medida em que dificultam a negociação e mantêm na presidência de sua entidade não um patrão, mas um empregado “com o único objetivo de impedir qualquer conquista dos trabalhadores”.

De forma inédita, a categoria está disposta a fazer o enfrentamento direto com as empresas. “Por decisão dos trabalhadores, a luta será para recompor o poder de compra dos salários, equiparar os pisos salariais com os pisos do setor convencional e conquistar a cesta básica”, finaliza Andrade.