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Desmonte ao direito trabalhista avança agora sobre abono do PIS

Embora Temer esteja gastando bilhões em emendas parlamentares e outras ações para ‘comprar’ apoio político e se manter na Presidência, seu governo quer cancelar o pagamento do abono salarial anual (PIS) dos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos mensal. E o pior é o argumento adotado por sua equipe econômica. Ela afirma que é para cortar despesas e garantir o cumprimento do teto de gastos. Ou seja, a crise só existe contra a classe trabalhadora que ganha menos, conforme avalia a Confederação Nacional dos Gráficos (Conatig), pois os bilhões continuam sobrando quando o tema é verba para políticos.

Para Jorge Caetano, diretor de Políticas Institucionais da Conatig, o fato, infelizmente, é que este governo ilegítimo veio pra cortar direitos trabalhistas mesmo. E estuda cortar mais um, já que este abono do PIS sempre funcionou como um 14º salário para os trabalhadores que menos recebem. “Bom que a população começa a perceber quem é Temer e seus aliados, inclusive todos aqueles defensores do ‘pato amarelo’ da Fiesp”, realça.

O problema, segundo o sindicalista, é que o governo ainda usa meios de enganar a população enquanto vai retirando os seus diretos. Neste caso do abono do PIS 2017/2018, cuja a Caixa Econômica já anunciou até o calendário de pagamento, o governo alega que precisa conter os gastos para cobrir o rombo na Previdência Social. Ele pressiona todos para aprovar a reforma previdenciária ou à necessidade de cancelar demais direitos, como o PIS – benefício anual pago aos trabalhadores inscritos no programa há pelo menos cinco anos e que têm rendimento mensal de até dois salários mínimos. O abono é de um salário mínimo.

O fato só reafirma que Temer e os seus congressistas aliados são bem generosos com os mais ricos e bastantes rigorosos com o trabalhador. “Ao invés de anistiar grandes dívidas de banqueiros, como tem feito, e de favorecer demais setores empresariais e agrícolas endinheirados, este governo deveria era resolver o problema da Previdência, de início cobrar das empresas devedoras do INSS, e resolver outras questões em favor dos mais pobres e da classe trabalhadora”, resume Caetano.

“Falar do fim do abono salarial, objetivando pressionar a sociedade para ter o apoio na aprovação da reforma previdenciária, através desta tática da ameaça e pressão psicológica do medo de perder a aposentadoria, é uma ação malévola que só podia vir deste governo ilegítimo e golpista”, diz Jurandir Franco, diretor da maior Federação dos Gráficos do Brasil (Ftigesp). O dirigente aproveita para chamar a atenção dos empregados e sobretudo dos micro e pequenos empresários que retirar o PIS ou tirar os demais direitos do trabalhador interfere na economia negativamente, com efeitos sobre toda a cadeia produtiva e comercial, sofrendo todos, pois, com menos dinheiro circulando, reduz proporcionalmente a venda.

Via Conatig