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Embalagens: Patrões abandonam mesa de negociação

Foi realizada hoje, 20 de setembro, negociação salarial para dar continuidade à Campanha Salarial do setor de gráfico de Embalagens, na sede da SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, entre o Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do Ceará e a representação do Sindicato da Indústria de Papel, Papelão e Embalagens em Geral do Estado do Ceará – Sindembalagens.

Na ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do Ceará – Sintigrace, informou ao representante patronal que a categoria aceitou as propostas de piso salarial, auxílio creche e vale alimentação, ofertadas pelo Sindicato patronal, porém, foi recusada a proposta de reajuste salarial no valor de 4% oferecida pelos patrões, tendo em vista que foi considerada muito baixa pela categoria.

A representante patronal (o sindicato patronal se faz representar por preposto na negociação), a advogada Catarina Arruda Maia, que substituiu o advogado Adenauer Moreira, (atual representante do sindicato patronal na mesa de negociação) afirmou que Moreira teria lhe mandado informar que as empresas não tem mais margem para negociar, além do reajuste salarial já proposto. Portanto estava encerrando as negociações e outra reunião não será marcada.

A comissão de negociação do Sintigrace, considerou absurdo o abandono das negociações por parte do Sindicato patronal. Para o presidente do Sindicato da classe Rogério Andrade, “não há justificativa econômica para a proposta patronal, eles estão querendo empurrar goela abaixo da categoria reposição salarial sem ganho real, sob o argumento de crise econômica”, no entanto as empresas do setor fizeram investimentos em maquinário e algumas já estão obrigando os trabalhadores a trabalharem 36 horas ininterruptas” denuncia o presidente.

O destino da Campanha Salarial do setor gráfico de embalagens está nas mãos da categoria que dará uma resposta ao sindicato patronal. O Sintigrace realizará assembleias por local de trabalho, que decidirá sobre que atitude tomar diante da intransigência patronal.