Sintigrace Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica
No dia 11 de março, aconteceu a primeira rodada de negociação da campanha salarial 2013 do setor gráfico convencional na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) entre o Sindicato dos Gráficos do Ceará (SINTIGRACE) e o Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará (SINGRACE).
Durante a negociação, o sindicato patronal exigiu a ratificação das duas tentativas de negociação anteriores, que aconteceram nas sedes das entidades sindicais á pedido do patronato que se recusava a negociar na SRTE. Porém, segundo a direção do SINTIGRACE não seria possível considerar essas reuniões como processo de negociação, tendo em vista que as discussões foram infrutíferas. “Nessas reuniões, a patronal negou todas as propostas da categoria e quiseram empurrar goela a baixo suas propostas”, afirmou Rogério Andrade, presidente do SINTIGRACE.
O sindicato dos trabalhadores iniciou a reunião na SRTE justificando a importância das propostas da categoria e do processo de negociação para a categoria. Porém, segundo Andrade, ao tentar discutir a cláusula do piso salarial, luta histórica da categoria, os patrões informaram que não havia “discussão”, negando a proposta de criação do piso salarial dos trabalhadores.
A postura patronal motivou os representantes do SINTIGRACE a solicitar o fechamento da ata de reunião. É proposta da categoria não fechar convenção coletiva de 2013 sem piso salarial.
Segundo Andrade, os representantes do setor patronal estão tentando “impor a negação” de todas as cláusulas. Um exemplo é a cláusula que determina a participação nos lucros e resultados (PLR), cuja negociação foi acordada pelas partes na Campanha Salarial de 2012 e os patrões descumpriram. “Ficou acertada a negociação da PLR na SRTE e os patrões sequer cumpriram, não temos mais condições de aceitar a intransigência patronal, iremos avaliar a Campanha Salarial com a categoria para definir que rumo devemos tomar”, declarou o presidente.
A partir do dia 26 deste mês o sindicato irá organizar assembleias por locais de trabalho para que os trabalhadores possam discutir os encaminhamentos da campanha salarial.
