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PE: Patronal consegue se superar para pior e exige reduzir piso salarial

Antes fosse uma piada, de mau gosto é claro, mas os donos das gráficas convencionais estão efetivamente tentando desmoralizar os funcionários, ou então criar uma nova modalidade de escravos. Eles querem reduzir o piso salarial dos trabalhadores. Hoje o menor salário do gráfico em início da carreira é de R$ 920, mas o patronal quer diminuir para R$ 880. A proposta foi encaminhada ao órgão de classe (Sindgraf-PE) na rodada de negociação na sexta-feira (10). O Sindicato rechaçou veementemente a proposta descabida e prometeu ao longo dessa semana, ir até às grandes empresas, inicialmente na IGB/Embrasa, Flamar, MXM e Única/UniPauta, convocar os funcionários para se reunirem na frente dessas empresas, e pararem a produção, para dizerem que não querem perder dinheiro.

“Ao invés de proporem aumento de salário, fazem o gráfico de palhaço e agora querem fazer de escravo. Reduzir salário não é uma piada, mas é a tentativa de fazer com que trabalhe e receba menos”, reclama Iraquitan da Silva, presidente do Sindgraf-PE, que promete ir até as portas das grandes empresas consultar os trabalhadores sobre qual a resposta que esses patrões merecem diante dessa agressão. O dirigente antecipa que vai começar pela IGB/Embrasa, Flamar, MXM e Ùnica/Unipauta. Tais empresas possuem muitos gráficos em início de carreira, que serão muito prejudicados com a descabida investida dos patrões contra os salários.

“Vamos para essas empresas reunir e ouvir os funcionários sobre o que eles querem fazer contra redução para R$ 880. Vamos apoiá-los em tudo que estiverem dispostos a fazer contra esta indecente vontade patronal”, antecipa Iraquitan. Na IGB/Embrasa, Flamar, MXM e Única/Unipauta há muitos funcionários que passarão a receber R$ 880 se não reagirem, a exemplo dos auxiliares de impressor, de máquinas de acabamento, de máquinas de corte e vinco, além de auxiliares de cortador e de máquinas dobradeiras. A proposta do Sindgraf-PE, aprovada em assembleia pelos trabalhadores, exige dos patrões um reajuste de 12% em todos os salários dos gráficos, além da implantação de plano de cargos, salários e funções para evitar a debandada de profissionais da categoria, por falta de salários atrativos em comparação a outros setores no Estado.

Fonte: Conatig