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SP: Gráficos, Jornalistas e trabalhadores do Administrativo impõem condições A Tribuna de Santos

O Jornal A Tribuna de Santos, na Baixada Santista, voltou a pressionar os gráficos, jornalistas e os funcionários do Administrativo para aceitarem a proposta de redução salarial com diminuição de jornada de trabalho. A proposta já havia sido rejeitada antes por cada uma das categorias. Diante da insistência patronal, os trabalhadores decidiram em assembleia conjunta, realizada na última quinta-feira (14) no Sindicato dos Trabalhadores Terrestres do Porto de Santos, que só participam de nova negociação de forma unificada entre as três classes. No entanto, não negociam só com o jornal, mas com todo o Sistema A Tribuna de Comunicação, que integra o jornal, Rádio, TV e as empresas de publicidade, logística e promotora de evento esportivo. E as empresas precisarão mostrar seus livros contábeis, a fim de se verificar a situação financeira real. Também é indispensável que se apresente o plano de recuperação do jornal. Os gráficos adiantaram que, se negadas tais condições, darão as negociações por encerradas.

“Sem aceitar negociar com o grupo econômico e sem que cada empresas mostrem seus livros de caixa para sabermos onde estão as dificuldades, como alegam existir, não negociamos redução salarial com diminuição de jornada com base nesta proclamada premissa de problema financeira”, ressaltou Jorge Caetano, presidente do Sindicato dos Gráficos (STIG) de Santos, presente da assembleia conjunta. Também é preciso apresentar o plano de recuperação do jornal para evitar o futuro fechamento da sua gráfica. Sem isso, não haverá negociação alguma.

Os gráficos, jornalistas e administrativo estão conscientes de seu papel social neste processo e de que não aceitarem imposições sem lutar por seus salários e direitos, bem como pela manutenção dos empregos. Por falar na defesa dos postos de trabalho, recentemente, 21 trabalhadores do Jornal A Tribuna de Santos foram reintegrados ao emprego, depois que a empresa os demitiu arbitrariamente. A reintegração ocorreu por conta da competente atuação do experiente advogado Raphael Maia, que advoga também em defesa da Federação dos Gráficos do Estado de São Paulo.

O STIG Santos lembra que desde a realização de uma assembleia dos gráficos na sede do sindicato da classe em fevereiro, que a categoria já deixou claro que não negociarão redução de salário e de jornada sem a apresentação de contrapropostas por parte da empresa. No entanto, até o momento, a proposta do jornal é de reduzir 20 por cento do salário e da jornada de trabalho dos gráficos, jornalistas e do pessoal do Administrativo, sem apresentar nem mesmo a garantia a manutenção dos empregos. Fica claro o por quê de tamanha rejeição dos trabalhadores.

Ao final da assembleia conjunta das três categorias, o Sindicato dos Jornalistas avaliou que o grande saldo da movimentação foi a demonstração da unidade de todos. Jornalistas, gráficos e administrativos não aceitam pagar por uma crise de responsabilidade dos gestores da empresa, e estão juntos em defesa dos empregos e dos salários. “Houve o compromisso firmado de reação conjunta e unificada se houver represália”, disse.

FONTE: FTIGESP