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Trabalhadores da COBAP e Rigesa aprovam banco de horas

Os trabalhadores da COBAP e Rigesa, aprovaram, através de votação ocorrida nos dia 17 e 24 de setembro, respectivamente, a continuidade da prática de banco de horas para essas empresas .
A direção do Sindicato dos Gráficos, chegou a alertar a categoria, que a prática de banco de horas é nociva aos trabalhadores e informa que avisou as empresas que no próximo ano, só haverá renovação do banco de horas, se ambas apresentarem proposta de renovação( no caso da Cobap), e de celebração de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) garantindo direitos além dos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do setor, prática já realizadas por estas empresas do setor gráfico de embalagens.
Para a diretoria do Sindicato ficou muito claro, nas duas votações, que a aceitação do Banco de Horas, em vigor há muitos anos nestas empresas, não é unanimidade entre os trabalhadores. “Se não houver contrapartida das empresas, nem a votação irá ocorrer no ano que vem”, disse o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade.
Sobre o banco de horas:
Quando você faz banco de horas, direitos como a remuneração da hora extra, FGTS, previdência social, férias e 13º salário, são perdidos.
As empresas que praticam banco de horas, muitas vezes fazem com que o trabalhador gaste (perca) essas horas quando ele precisa de consultas médicas, tratamentos de saúde, etc, momentos onde as horas devem ser abonadas e não devem ser compensadas pelo trabalhador.
Além disto, quando se trabalha mais horas por dia, o trabalhador nunca consegue recuperar o que perde de saúde. Afinal, o trabalho é desgastante e os níveis de produção exigidos são altos.
Muitos trabalhadores acreditam que o banco de horas permite uma maior liberdade na jornada. Isso é ilusão! As empresas muitas vezes, quando existe baixa produção, cedem horas para serem acumuladas de acordo com seus interesses, mas quando desejam aumentar a produção, cobram que os trabalhadores compensem essas horas. No final, não é o trabalhador que define quando quer e como quer utilizar as horas extras. Ele fica refém da empresa, que define como quer, o tempo que ele terá para a família, o lazer, o estudo, a religião e outras atividades.
No caso do setor gráfico de embalagens, o quadro pode ser ainda mais complicado para quem trabalha de segunda a sábado e a noite. Esses trabalhadores estão sendo imensamente explorados trabalhando em uma jornada ainda mais exaustiva.
E ainda:
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), poderia se gerar no Brasil, cerca de 1 milhão de novos postos de trabalho, caso não houvesse horas extras nas empresas. Ou seja, emprego que poderia ser de nossos filhos, conjugues e amigos.
Ao invés do banco de horas, as empresas poderiam pagar as horas extras, reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários e contratar mais trabalhadores.