O #OcupeBrasília, convocado pelas nove Centrais Sindicais brasileiras, foi um protesto pacífico em defesa dos direitos trabalhistas e contra a reforma da Previdência e as terceirizações.
Cerca de 150 mil pessoas, reunidas a partir de diversas caravanas oriundas de todo o país, ocuparam as ruas de Brasília com bandeiras, palavras de ordem, faixas, e, sobretudo, muita disposição de luta. Participaram operários da construção civil, petroleiros, metalúrgicos, trabalhadores da educação e da saúde, químicos, servidores públicos das três esferas, trabalhadores dos Correios, têxteis, bancários, comerciários, papeleiros, metroviários, condutores, trabalhadores rurais, movimentos que lutam por moradia, por reforma agrária, pela demarcação das terras indígenas e quilombolas, juventude e os que lutam contra as opressões machista, racista e a LGTBfobia.
Com palavras de ordem como: “Um, dois, três, quatro, cinco mil ou param as reformas ou paramos o Brasil” e “Fora Temer, Fora Temer”, os manifestantes se uniram em um coro coletivo ouvido de ponta a ponta da manifestação.
Repressão criminosa
Os trabalhadores sabiam da possibilidade de sofrer represálias, mas foram recebidos de forma desproporcional, a base de balas de borracha, armas de fogo, bombas de gás lacrimogêneo e de spray de pimenta, com cavalaria do Exército. A repressão da Polícia Militar do Distrito Federal, comandada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), revistou manifestantes no trajeto da Esplanada e bloqueou a entrada da Praça dos Três Poderes.
Temer ainda decretou a “Garantia de Lei e de Ordem” em todo o Distrito Federal até o dia 31 de maio. Se valendo da Lei Complementar nº 97/1999 e do artigo 84 da Constituição Federal. Algo que não acontecia n0 país desde a ditadura militar.
A resposta indignada de vários setores da sociedade fez com que, no dia seguinte, Temer revogasse a decisão.
Próximos passos
De fato, os 150 mil que ocuparam Brasília são expressão de uma mobilização crescente que ganhou força nas recentes atividades marcadas pelas Centrais Sindicais e movimentos sociais. A mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros deve avançar nos próximos dias.
Já existem algumas informações de que as centrais sindicais devem convocar uma nova Greve Geral, agora por 48 horas, nos país.
Sintigrace Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica

