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CCT do setor convencional: Categoria conquista aumento e piso salarial

Depois de um ano e três meses de negociações, a categoria gráfica do setor convencional conquistou uma importante vitória com o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho ( CCT) celebrada no dia 25 de fevereiro na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE).

Com o lema “Vamos virar o jogo" a campanha foi um exemplo da persistência e garra da categoria que não aceitou fechar um acordo que não respeitasse os trabalhadores.

 

A CCT acordada garante para os trabalhadores do setor gráfico convencional o reajuste salarial de 6,20% no ano de 2013. Eventuais diferenças pagas na folha de março de 2014, ou trinta dias após o registro da CCT, em forma de abono salarial, não incidindo sobre as diferenças, os encargos sociais.

 

 

Pela demora no fechamento, a CCT também regula o reajuste salarial de 2014 em  7,14%, valor pago retroativo a janeiro.

 Porém, a grande conquista da CCT foi inclusão do piso salarial da categoria. Reivindicação histórica dos gráficos do setor convencional, o piso salarial foi dividido em 9 faixas salariais que variam de R$ 745,43 ( operadores de acabamento manual e gravadores de chapa de offset ) a R$ 1.916,81  (impressores de offset rotativa banda larga de 4 cores ou mais).

(veja tabela completa dos pisos)

Os pisos salariais tem validade a partir da data de registro da CCT no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Os trabalhadores que forem contratados a partir da data do registro da CCT, só receberão o piso salarial após o período de experiência. Já para os trabalhadores com experiência mínima de um ano, registrada em CTPS, os pisos tem validade imediata.

Para o fechamento do acordo com a conquista do piso salarial, a categoria aceitou oferecer como contrapartida a flexibilização da jornada de trabalho, nos seguintes moldes:

Caso seja do interesse da empresa e aceitação de metade mais um dos trabalhadores, ou setor, a jornada de trabalho pode ser realizada de segunda a sábado, garantindo o limite legal de 44 horas semanais.

Para o presidente do Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace), Rogério Andrade, esta é uma das conquistas mais importantes para a categoria gráfica dos últimos tempos. “Há mais de 25 anos lutamos por essa conquista que agora alcançamos, e poderemos dizer que o profissional gráfico tem uma referencia salarial, fruto de nosso sonho e de nossa luta".