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Patrões propõe apenas legalizar pisos que são praticados na informalidade

Assembleia em frente a Tiprogresso

Sintigrace discute proposta patronal com trabalhadores do setor convencional

No dia 13 de novembro, o  Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) iniciou as assembleias, nas portas das empresas, com os trabalhadores gráficos do setor convencional para avaliar a proposta dos empresários do setor gráfico.

Os trabalhadores estão avaliando a proposta de piso salarial vinculada ao reajuste salarial de 6,20% para 2013, reajuste salarial para 2014 com ganho real de 10% do total da inflação de 2013, jornada de trabalho de segunda a sábado, banco de horas e legalização da polivalência.

Já foram realizadas assembleias na Tiprogresso, Celigrafica, Marcograf, Gráfica Sérgio, Printicolor e Fortgrafica.

 

 

Até o momento, em todas as assembleias, a categoria recusou a proposta patronal.

Para o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade, a proposta patronal está sendo negada por unanimidade por que não atende os interesses dos trabalhadores, “a categoria está entendo que na prática os patrões não estão dando nada”. 

Segundo Andrade, o piso oferecido é simplesmente a formalização dos salários já praticados na informalidade pelas empresas, enquanto desejam, por outro lado, incluir  banco de horas, reajuste rebaixado, fim do sábado livre e polivalência. “A proposta patronal é semelhante a comprar um objeto, não pagar e ainda querer troco”, compara o presidente.

Durante as assembleias, os trabalhadores estão aprovando uma contraproposta que visa o fechamento da CCT e que será apresentada ao sindicato patronal durante a próxima rodada de negociação. Entre as exigências que serão apresentadas, está à melhoria do ganho real para 2013 e 2014 e os valores dos pisos salariais que devem vigorar em 2014.

A categoria, nas assembleias já realizadas, decidiu que dará aos patrões mais duas rodadas de negociação para que haja o fechamento da CCT. A decisão foi tomada devido a postura patronal de segurar, na mesa de negociação, a evolução das propostas apresentadas a categoria. A partir do término do prazo, devem ser iniciadas paralizações, mesmo que as negociações prossigam.

As assembleias com os trabalhadores do setor gráfico convencional continuam acontecendo nas portas das empresas, diariamente até a véspera da rodada de negociação, que acontece no dia 3 de dezembro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).