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Campanha Salarial 2016/2017 do Setor Gráfico de Embalagens

Negociações se encerram sem acordo

A Campanha Salarial 2016/2017 do setor gráfico de embalagens chega a quarta rodada de negociação sem acordo e com péssimas notícias para os trabalhadores. No último dia 28 de julho, os patrões negaram definitivamente, todas as reivindicações sociais (não econômicas) dos trabalhadores e ofereceram, mais uma vez, reajuste salarial abaixo da inflação.

A comissão de negociação do Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) negou de imediato a proposta patronal de aumentar o piso em 10% e os salários acima dos pisos em 8,12%. O Sintigrace então, na tentativa de fechar a Campanha Salarial na mesa de negociação, apresentou nova contra proposta nos seguintes termos para avaliação do sindicato patronal: reajuste de 11% para piso e salários até R$ 1.500 e reajuste de 9,83% para salários acima de R$ 1.500.

Não foi marcada nova rodada de negociação. Para o presidente do Sindicato dos Gráficos, Rogério Andrade, a negociação salarial chegou ao seu ponto final: “os patrões não irão desistir de impor perdas salariais, se os trabalhadores não se mobilizarem”, assegura o presidente.

A diretoria do Sintigrace aposta na radicalização da Campanha Salarial, tendo em vista que a possibilidade dos patrões apresentarem proposta para reajustar salário e piso acima da inflação é remota. “Os patrões só vão ceder se os trabalhadores se mobilizarem”, disse Werika Andrade, secretária de saúde e membro da Comissão de Negociação.

Os patrões irão avaliar a contraproposta e apresentar resposta aos trabalhadores até o dia 18 de agosto. A mobilização dos trabalhadores, porém, começará antes dos patrões apresentarem sua resposta. “Temos que estar preparados para o pior, finalizou Andrade.

 

QUADRO EXPLICATIVO

Proposta dos patrões Proposta dos trabalhadores
Piso salarial: 10% Piso salarial e salários até R$ 1.500,00: 11%
Salários acima do piso: 8,12% Salários acima de R$ 1.500,00: 9,83%
Inflação do período maio de 2015 a abril de 2016: 9,83% O Sindicato dos gráficos não aceita reajuste abaixo da inflação.