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Patrões do setor gráficos de embalagens não avançam na proposta de reajuste salarial e mais paralisações podem acontecer

 

Foi realizada na quarta-feira, 12 de setembro, mais uma rodada de negociação entre o Sintigrace e a representação do Sindembalagens, visando à primeira convenção coletiva de trabalho do setor.

O Sindembalagens ratificou a proposta de reajuste salarial de 7%, a serem aplicados sobre os salários de maio de 2011, limitados à 5 mil reais.

Para salários maiores que 5 mil reais, será aplicado  o valor de R$ 350,00 Reais fixos, a título de reajuste salarial.

A representação patronal acatou a proposta laboral de estabilidade pré-aposentadoria aos trabalhadores que estiverem a 24 meses de completarem o tempo necessário para se aposentar, desde que trabalhe na empresa há pelos menos dois anos. Porém, negaram a reivindicação da concessão de cesta básica aos trabalhadores.

A proposta de reajuste salarial não agradou a comissão de negociação do Sintigrace, segundo informou o presidente da entidade Rogério Andrade. Para ele, “a categoria não acatará a proposta e novas paralisações poderão acontecer, com ocorreu na Rigesa e Tubocone”.

Segundo Rogério Lopes, diretor do Sintigrace e integrante da comissão de negociação, o ganho real de 2,02% contido na proposta patronal para reajustar os salários dos trabalhadores ainda está abaixo do ganho real médio de 2,23% alcançado pela maioria das categorias que fecharam campanha salarial no primeiro semestre de 2012 de acordo com dados do DIEESE DIEESE.

Esse reajuste será aplicado sobre os salários vigentes em maio de 2011, o que afetará apenas uma pequena parcela da categoria, não alterando os salários da maioria dos trabalhadores do setor que ganham salário mínimo, completou Lopes.

 “Reconhecemos a importância de uma Convenção Coletiva de Trabalho para a categoria, mas não temos como defender a proposta econômica apresentada pelos patrões, porque os avanços sociais são ainda muito tímidos” finalizou Rogério Andrade.

Segundo a direção do sindicato, serão realizadas  assembleias nas empresas onde serão avaliadas as propostas patronais porém, novas paralisações não estão descartadas.